A economia dos Estados Unidos está em ebulição — e, no centro da turbulência, está mais uma vez o presidente Donald Trump. Um grupo de doze estados norte-americanos entrou com uma ação judicial exigindo a revogação das tarifas comerciais impostas pela administração Trump. A pressão sobre a Casa Branca cresce, e pode ser necessária uma revisão completa da sua estratégia de política externa e econômica.

A ação foi motivada pela imposição de tarifas abrangentes sobre produtos importados de vários países. Liderados por Nova York, os estados — incluindo Arizona, Colorado, Connecticut, Delaware, Illinois, Maine, Minnesota, Nevada, Novo México, Oregon e Vermont — recorreram ao Tribunal de Comércio Internacional dos EUA. O objetivo é claro: derrubar as medidas protecionistas que, segundo analistas, estão travando o crescimento econômico, pressionando o emprego, acelerando a inflação e elevando o risco de uma recessão.

Tudo começou no início de abril, quando Trump decretou tarifas de retaliação sobre as importações estrangeiras, estabelecendo uma alíquota básica de 10%. A partir de 9 de abril, tarifas ainda mais altas passaram a ser aplicadas a 57 países, com percentuais calculados com base no déficit comercial dos EUA com cada nação.

Em uma reviravolta típica do atual governo, Trump afirmou posteriormente que mais de 75 países não retaliaram e pediram para negociar. Com isso, anunciou que, pelos próximos 90 dias, será aplicada uma tarifa padrão de 10% a todos os países — com exceção da China, que continua no centro da disputa comercial.